Dessa vez não vou usar pseudônimos.
Ainda lembro do verão de 2008, quando a conheci
Por mais que não quisesse, Liliane só me fazia rir
Entre uma tela de computador nos sentíamos todos os dias
O humor nem sempre era dos melhores
Mas até na desgraça, Lili via graça.
Quando eu precisava de uma opinião, Lili era prática "Homem nenhum
presta. Mas a gente precisa deles, não é mesmo?" Ela não cansava de
repetir.
Esse conselho continua no meu bolso, por mais que eu mude de calça.
Com o tempo, Lili foi perdendo o riso.
E quando eu soube de sua morte, eu nem sei o que senti.
Queria ter estado perto
Mas longe eu estava aqui
Doce Lili
Não sei se a conheci
Mas era a garota mais doce
que eu nunca vi
segunda-feira, agosto 31, 2015
domingo, agosto 30, 2015
Pavão misterioso
Entre um voo e outro
Algumas doses
Deus sabe onde pode chegar
Mas não chega nunca
Por não saber onde está
Essa noite voamos juntos
E acordamos na frente do mar
Nós fomos longe mesmo
Mesmo sem sair do lugar
E entre uma queda e outra
Algumas doses
Deus sabe onde poderíamos chegar
Mas não chegamos nunca
Por medo de não voltar
Algumas doses
Deus sabe onde pode chegar
Mas não chega nunca
Por não saber onde está
Essa noite voamos juntos
E acordamos na frente do mar
Nós fomos longe mesmo
Mesmo sem sair do lugar
E entre uma queda e outra
Algumas doses
Deus sabe onde poderíamos chegar
Mas não chegamos nunca
Por medo de não voltar
domingo, agosto 16, 2015
quinta-feira, agosto 13, 2015
e eu só sabia dançar com você
dor de cabeça
dor no estômago
e na garganta
mas o que dói mesmo
é não lembrar como se dança
dor no estômago
e na garganta
mas o que dói mesmo
é não lembrar como se dança
quarta-feira, agosto 05, 2015
nada além
Nada além do mar
Além no mar, nada
Nada além do nada
além do nada, nada
Nada além do mar
Além do mar, mar
Além no mar, nada
Nada além do nada
além do nada, nada
Nada além do mar
Além do mar, mar
segunda-feira, agosto 03, 2015
sábado, agosto 01, 2015
Um dia eu vou escrever um poema que não vai ter fim
Tudo que começo
Começo já curiosa para saber do final
Mas o fim é qualquer coisa
É coisa pouca
É o que sobrou
E não satisfaz
O fim é aquilo que não tinha
E tudo o que não tem mais
O fim é a lembrança do que foi
E a certeza do que não é mais
O fim não se programa
O fim não se reclama
O fim é fim desde o começo
E antes de começar já era fim
Um dia eu vou escrever um poema
que não vai terminar assim
Começo já curiosa para saber do final
Mas o fim é qualquer coisa
É coisa pouca
É o que sobrou
E não satisfaz
O fim é aquilo que não tinha
E tudo o que não tem mais
O fim é a lembrança do que foi
E a certeza do que não é mais
O fim não se programa
O fim não se reclama
O fim é fim desde o começo
E antes de começar já era fim
Um dia eu vou escrever um poema
que não vai terminar assim
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