quarta-feira, setembro 23, 2015

samba de letrinhas

dança de palavras.
sopa de letras.
gostava do calor mas tinha medo de vitaminas.
sono profundo no tempo.
acordo e o quente ainda borbulha no estômago.
o samba era bom.
na alma da mão, um sino
vendendo e comprando o vão
um vem e vai despercebido
em troca de amor e pão

terça-feira, setembro 22, 2015

Vermelho é cor flagelada ou Red flag

Manchas de caneta vermelha na mão
marcas de saudade em tom de ré
Entre um ponto final e outro
linhas de paisagem
O motor a 12 por 7
e a paz de quem não teme
e não treme quando a caneta falha
No que resta ainda o sangue

segunda-feira, setembro 21, 2015

No rodapé da poesia


amor, trabalho, dia após dia
com ou sem companhia
cansada e quem diria
correndo e sorrindo a melodia
a duvidar de quem duvida
mas caminhando sem certeza de nada




segunda-feira, setembro 07, 2015

Melhor teria sido nascer pedra

Ser humano
bicho incompreendido
vive como se fosse o eterno ferido
Sofrido
Não percebe que a maior dor é a de ser
o que não se queria ter sido
Quando pequeno sonhava em ser
o que parecia divertido
A diversão agora está
num copo e no cachimbo

Quem mandou não nascer pedra?
Agora vive sendo o que pensa que é
E pensa que é isso estar vivo
Fuma a pedra pra aliviar
A dor de ser humano

Do ponto final ao destino

E depois de alguns pontos finais
Eis que surgem alguns inícios
Pra provar que até a ruína
se constrói desde o começo

quinta-feira, setembro 03, 2015

Quando um pássaro pede paisagem, a passagem é o preço de voar.

terça-feira, setembro 01, 2015

Adeus a gosto

Agosto se foi

com muito gosto
e desgosto

adeus dei a gosto

Com muito gosto
e algumas marcas no rosto

adeus, agosto