sexta-feira, abril 20, 2012

E quando cansa, dança?

Cansada das mesmas palavras
Das mesmas piadas
Das mesmas frases roubadas

Cansada do riso forçado
Do cabelo bagunçado
Dos encontros combinados

Cansada das histórias mal contadas
Das desculpas esfarrapadas
Das horas contigo desperdiçadas

segunda-feira, abril 16, 2012

À francesa

É, parece que agora sou só eu no jogo.
À francesa, você saiu sem se despedir dizendo que não haveria porque dizer adeus.
E que logo pros meus braços você voltaria
E eu acreditei.
Nesse momento eu me sinto rodeada
De mil outros braços que não podem me aquecer.
De mil outros corações querendo que você permaneça sem me ver
Se você não fosse tão autocrático eu faria jus a democracia.
E enfim ganharia esse jogo.


quinta-feira, abril 12, 2012

Conceição de Macabu

Mas eu vou chorar e talvez você até se lamente.
E semana que vem já estaremos com novos amores brindando a felicidade e a vida.
E nada melhor como um dia após o outro.
A saudade pode até te torturar algumas vezes mas o próprio tempo vai fazê-la passar.
E amanhã já seremos meros conhecidos.

terça-feira, abril 10, 2012

a sombra

E é quando eu corro que ela mais me encontra.
Fujo, me escondo e nada adianta.
A minha sombra está sempre atrás. Negra e assustadora.
Me perseguindo como um verdadeiro serial killer.
Me matando aos poucos em cada esquina. A cada passo.
Silenciosa.
Me espreita como um gato.
E a cada minuto eu espero o dia em que enfim serei devorada.

sexta-feira, abril 06, 2012

15 de novembro

As vezes eu me pergunto quem eu era antes de você.
Será que as musicas eram as mesmas? e os bares? Eu nem lembro mais.
A primavera se foi e por dentro o inverno se aproxima a cada dia. Respiro pela fresta da janela por medo de sair e encarar a nova era.
Mas o medo é bom. Faz o coração bater quando da preguiça.
E eu tenho preguiça de quase tudo. Mas a principal delas é a de voltar a ser quem eu era.
Me tornei dependente mesmo e já não sei andar com os próprios pés.
Se ao menos eu pudesse voltar ao dia da Proclamação da Republica e impedir que o governo fosse provisório, eu o faria.
Mas se eu o fizesse, quem estaria batendo à porta agora? Seria a felicidade ou a solidão?
qualquer que fosse a senhora, usurparia dos meus sentimentos e me tornaria uma pessoa diferente da que eu era.
Então de nada adiantaria voltar.