segunda-feira, outubro 29, 2012

um dois a dois

Ele entra e a fumaça sai.
Como se ao mesmo tempo não pudessem ser.
O cheiro dos dois se mistura na minha pele criando um perfume agridoce.
cheiro dele. cheiro dela.
Ele sorri com ar de raposa. Da um dois e me beija.
Eu desvio o olhar, trago e a solto outra vez.
Ela foge entre os meus lábios, não a deixo ir. em vão.
O cheiro exala. o dele. o dela. o nosso.
Raposa, ligeiro. Na raça, no jeito. No beijo, no cheiro.
E quando corre e quando eu chego. O abraço é forte e os minutos, sem medo.
E se a saliva se esconde, o beijo é seco.
A vontade só aumenta e o olho fica vermelho.
O ciúmes cresce quando a fumaça entra nele. Parece que o perco quando ele perde a cabeça.
Eu perco o controle, a roubo dele.
Dou um sorriso, a apago e acendo ele.