Pedro e Nicholas eram como amantes de novela
Riam alto, se abraçavam
E de longe, mil olhos na janela
Julgando e apontando
O amor de novela
Eles não podiam ultrapassar o limite moral
Deviam respeitar as crianças inocentes
e até o religioso doente
Mas o amor de Pedro e Nicholas era livre em horário nobre
Que era quando a noite os escondia
da hipocrisia do dia-a-dia.
segunda-feira, setembro 09, 2013
sexta-feira, setembro 06, 2013
Histórias de Tião - Terceira
Em uma quarta-feira ensolarada, Sebastião dos Santos, mais conhecido pelos amigos de Madureira pelo apelido de Tião, carregado do tédio das férias de meio do ano foi convencido por seu primo, Catu - ou Carlos Arthur, quando a coisa ficava feia - a fazer juntos uma tatuagem.
Só os mais bacanas em 66 tinham uma tatuagem.. e também os subversivos, os comunistas, os drogados, os hippies, e os contraculturais, em geral.
Tião nunca se enquadrou em nenhum desses perfis. A tatuagem tinha fins estéticos. Ele queria mesmo era se sentir bacana diante de Lice, Alice Martins Vidal, uma inteligentíssima estudante de Ciências Sociais na UFRJ, militante pelo PCB há 2 anos, líder do grêmio estudantil por 3 consecutivos durante o colegial e tão comunista quanto o sangue que lhe corria entre as veias. Morava em Cascadura mas fazia curso de inglês em Madureira junto com Tião. Eles nunca se falaram mas trocaram olhares uma vez na saída da aula.
Chegando no estúdio, um balcão abandonado e sujo, um homem de meia idade veio os atender. Camisa colorida, óculos escuro redondo e entre os dentes paz e amor.
Nos braços haviam muitos desenhos tatuados, alguns sem pé nem cabeça, todos feitas há menos de 5 anos nos EUA de onde afirmou posteriormente nunca dever ter saído.
A tatuagem custava 10 reais sendo pequena, se fosse grande ou contivesse círculos ou aspirais, o dobro. Os desenhos iam de cogumelos a versículos bíblicos.
Mas um pequeno e singelo desenho entre mil outros o chamou atenção.
"Ah.. Alice, dos meus desejos mais profundos nenhum supera a vontade que tenho em te ter." - Pensou alto
- O que disse? Vai querer esse aqui?
- Esse mesmo.
- Um pouco ousado, não?
- Esse mundo precisa de pessoas ousadas, com coragem de lutar até o fim pelo que querem!
- Determinado assim não vou nem cobrar pelo círculo. Vai sair dez reais cada uma.
Só os mais bacanas em 66 tinham uma tatuagem.. e também os subversivos, os comunistas, os drogados, os hippies, e os contraculturais, em geral.
Tião nunca se enquadrou em nenhum desses perfis. A tatuagem tinha fins estéticos. Ele queria mesmo era se sentir bacana diante de Lice, Alice Martins Vidal, uma inteligentíssima estudante de Ciências Sociais na UFRJ, militante pelo PCB há 2 anos, líder do grêmio estudantil por 3 consecutivos durante o colegial e tão comunista quanto o sangue que lhe corria entre as veias. Morava em Cascadura mas fazia curso de inglês em Madureira junto com Tião. Eles nunca se falaram mas trocaram olhares uma vez na saída da aula.
Chegando no estúdio, um balcão abandonado e sujo, um homem de meia idade veio os atender. Camisa colorida, óculos escuro redondo e entre os dentes paz e amor.
Nos braços haviam muitos desenhos tatuados, alguns sem pé nem cabeça, todos feitas há menos de 5 anos nos EUA de onde afirmou posteriormente nunca dever ter saído.
A tatuagem custava 10 reais sendo pequena, se fosse grande ou contivesse círculos ou aspirais, o dobro. Os desenhos iam de cogumelos a versículos bíblicos.
Mas um pequeno e singelo desenho entre mil outros o chamou atenção.
"Ah.. Alice, dos meus desejos mais profundos nenhum supera a vontade que tenho em te ter." - Pensou alto
- O que disse? Vai querer esse aqui?
- Esse mesmo.
- Um pouco ousado, não?
- Esse mundo precisa de pessoas ousadas, com coragem de lutar até o fim pelo que querem!
- Determinado assim não vou nem cobrar pelo círculo. Vai sair dez reais cada uma.
Eu só posso estar amando
É novo, é estranho, é gostoso
Não da borboleta na barriga nem aperto no coração
O que eu sinto de segunda a segunda faz sorrir com os pés no chão
Eu posso até voar mas não voo mais sozinha
Tenho alguém pra apertar a mão
Não sinto mais medo de altura
Se eu cair, ele me segura então
É amor o que eu sinto de domingo a domingo
Faz dormir sem ilusão
E acordar com sonho bom
O que eu sinto de quinta a quinta não me tira o sono
As vezes parece que eu tô sempre sonhando
Mas dizem que sonho é preto e branco
Então eu só posso mesmo estar amando
Não da borboleta na barriga nem aperto no coração
O que eu sinto de segunda a segunda faz sorrir com os pés no chão
Eu posso até voar mas não voo mais sozinha
Tenho alguém pra apertar a mão
Não sinto mais medo de altura
Se eu cair, ele me segura então
É amor o que eu sinto de domingo a domingo
Faz dormir sem ilusão
E acordar com sonho bom
O que eu sinto de quinta a quinta não me tira o sono
As vezes parece que eu tô sempre sonhando
Mas dizem que sonho é preto e branco
Então eu só posso mesmo estar amando
Ordem e Progresso
Tudo deve ser
do meu jeito
do jeito certo
como deve ser
Como ditam as regras
nego obedecer
Para manter a ordem
lei e rei
deve ser respeitado
papa, bispo ou condado
Todo poder
derrubado
seja louvado
para que o progresso da bandeira
em nome da ordem
finalmente faça sentido
Menina, Menino
Tão homem, tão menino
Quando lhe roubo um beijo, quando lhe falo ao ouvido
Tão sensível, tão comedido
Quando lhe faltam carícias, quando me ama dormindo
E quando dorme é bem menino mas já pela manhã se faz homem
atrasado e tudo
Por dentro,o medo de menino
Por fora, tomado pelas obrigações do homem
Se pudesse, seria do mundo o umbigo e com o cetro no centro eu seria rainha.
E quando menino à noite eu em ti mandaria
Mas no amanhecer entre o sol o homem em ti me viria pra lembrar que aqui também tem menina cheia de medo e mania
Quando lhe roubo um beijo, quando lhe falo ao ouvido
Tão sensível, tão comedido
Quando lhe faltam carícias, quando me ama dormindo
E quando dorme é bem menino mas já pela manhã se faz homem
atrasado e tudo
Por dentro,o medo de menino
Por fora, tomado pelas obrigações do homem
Se pudesse, seria do mundo o umbigo e com o cetro no centro eu seria rainha.
E quando menino à noite eu em ti mandaria
Mas no amanhecer entre o sol o homem em ti me viria pra lembrar que aqui também tem menina cheia de medo e mania
segunda-feira, setembro 02, 2013
Gasosa
Definitivamente eu não sou concreta
Nunca tenho certeza de nada
Não termino frase com ponto
Deixo tudo por fazer
coleciono amores, textos e ideias inacabadas
coloco tudo na mesma gaveta e nunca mais quero saber
Nunca tenho certeza de nada
Não termino frase com ponto
Deixo tudo por fazer
coleciono amores, textos e ideias inacabadas
coloco tudo na mesma gaveta e nunca mais quero saber
Eu te odeio
Eu odeio o jeito sem graça como você sorri
odeio seus cabelos cacheados
odeio as suas tatuagens
odeio a sua orelha torta e mal desenhada
odeio esse seu sotaque paulista insuportável
odeio as suas fotos
odeio ver as suas Partes espalhadas por aí
odeio seus cabelos cacheados
odeio as suas tatuagens
odeio a sua orelha torta e mal desenhada
odeio esse seu sotaque paulista insuportável
odeio as suas fotos
odeio ver as suas Partes espalhadas por aí
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