terça-feira, fevereiro 24, 2015

Querido Diário,
de agora em diante pretendo não mais chamá-lo de querido.
Não que não sejas assim um diário querido, não me entenda mal.
Acontece que desde que assim fui chamada por uma pessoa mais que querida, comecei a sentir o peso impessoal que a palavra pode acompanhar.
Amado Diário,
como posso tratá-lo de forma tão impessoal se te amo todos os dias?
E se algum dia eu me conformar em chamá-lo apenas de diário? Estarei me conformando com nossa fria distância?
Sabe, diário, pensando bem talvez seja melhor mantermos nossa relação estritamente profissional. Tenho medo de não saber lidar com a explosão sentimental que pode fluir livre e deliciosamente incontrolavelmente se por descuido meu ou nosso estreitarmos nossas linhas.
Talvez o melhor mesmo seja dizer a Deus.

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